A cidade de Touros se prepara, muito provavelmente, para um dos piores carnavais de sua história (sem bem que eu torço para que eu esteja redondamente enganado). Uma cidade que já teve um dos mais pulsantes carnavais do estado, hoje nossa população amarga um triste enredo carnavalesco marcado pela marchinha incompetente da atual gestão municipal: prefeito, secretários e vereadores.
A mais nova onda carnavalesca é a cobrança de uma taxa para “financiar” o carnaval. Isso me faz lembrar... “ei, você ai, me dá um dinheiro aí, me dá um dinheiro aí”. O fato é no mínimo inusitado e difícil de compreender: ou são pagos dez reais ou doados dois quilos de alimentos não perecíveis para que o cidadão/folião tenha acesso ao espaço/arena do carnaval. Arena esta que é um espaço público!!! É bem verdade que na programação existem atrações gratuitas, mas é o enredo da taxação que tem chamado a atenção da nossa população.
Hora, entre pagar dez reais e doar dois quilos de alimentos eu fico com a segunda opção, é óbvio! Considerando que a maioria dos foliões siga esta tendência, a pergunta a ser feita é a seguinte: como o prefeito pagará aos artistas que animarão o nosso carnaval? Com cestas básicas? A Banda Grafith e as demais atrações já chegaram a este nível de responsabilidade social ou trocarão as cestas por dinheiro no mercadinho da esquina? Tem algo muito difícil de compreender neste enredo carnavalesco sem graça e de mau gosto.
O fato é que o carnaval é uma festa popular, cujo protagonista é o povo. Sugiro que formemos nossos blocos, criemos nossas fantasias, saiamos pelas ruas e becos da nossa cidade promovendo uma festa criativa, popular e barata. Há muito a nossa cidade carece de um carnaval popular e de rua, feito pelo povo e para o povo. A hora é essa. Não adianta reclamarmos. “Não adianta chorar o Leite derramado”. A hora é de sorrir. Sorrir inclusive daqueles que formam o bloco “Mamãe eu quero mamar”...
Não deixemos morrer o nosso carnaval!!!
Professor Lindemberg Araújo.
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